Brasileiros comprovam ação anticancerígena de quatro novos compostos
Quatro substâncias de interesse farmacêutico apresentaram desempenho promissor nos primeiros testes realizados com células de mamas humanas contendo tumores.
Promissor
Quatro substâncias de interesse farmacêutico apresentaram desempenho promissor nos primeiros testes realizados com células de mamas humanas contendo tumores.
É a primeira etapa de uma pesquisa de longo prazo, mas os pesquisadores estão entusiasmados com a eficácia das substâncias contra a proliferação das células tumorais e a indústria farmacêutica já demonstrou interesse nos fármacos.
Eles contêm compostos químicos que auxiliam na entrada dos fármacos nas células, os mantêm estáveis e os ajudam a se ligar ao DNA, interrompendo a proliferação das células tumorais.
Segundo os pesquisadores Javier Ellena (USP de São Carlos) e Alzir Batista, (Universidade Federal de São Carlos), o desempenho dessas substâncias mostrou-se superior ao dos componentes da cisplatina, fármaco usado atualmente no tratamento de pacientes com câncer de mama.
Sem efeitos colaterais
Os compostos criados e estudados pela equipe brasileira contêm fosfina, cloro e dimina, substâncias que, respectivamente, auxiliam na entrada dos fármacos nas células, os mantêm estáveis e os ajudam a se ligar ao DNA, interrompendo a proliferação das células tumorais.
Essas substâncias são levadas até o DNA por intermédio do elemento rutênio. Alguns testes foram realizados com outros elementos, como platina e paládio, mas a preferência pelo rutênio, segundo o professor Alzir, se deve à semelhança de sua química com a do ferro, um elemento que está presente no organismo humano.
O objetivo é o desenvolvimento de um insumo farmacêutico que tenha atividade mais efetiva e que cause menos efeitos colaterais que os atuais fármacos usados no tratamento de câncer de mama. De acordo com o professor Alzir, hoje, todos os fármacos indicados para o tratamento de câncer causam “sérios efeitos colaterais”.
O trabalho também envolve pesquisadores da Universidade Federal de Ouro Preto, Universidade Federal Fluminense, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Universidade de Barcelona (Espanha).
Fonte: Diário da Saúde