Caminhar 10 minutos por dia reduz risco de morte em 15%, diz serviço de saúde britânico
Para evitar sedentarismo, governo inglês decidiu baixar a meta para exercícios diários. Estudos apontam que mesmo pouco tempo é útil para reduzir doenças cardiovasculares.
Um guia do Serviço de Saúde Pública da Inglaterra está estimulando britânicos a caminhar pelo menos 10 minutos por dia. A diretriz tem por base estudos que apontam que, mesmo essa pequena quantidade, reduz o risco de morte precoce em 15%.
A caminhada deve ser diária e é necessário manter o ritmo -- o passo tem que ser de 5 km/h durante todo o período.
“De uma maneira geral, a caminhada reduz os fatores de risco para a doença cardiovascular, melhora o controle do peso, do colesterol e da pressão”, disse Otávio Rizzi Filho, cardiologista da Universidade Estadual de Campinas.
Para quem não consegue separar um tempo exclusivo, o cardiologista da Unicamp diz que 10 minutos pode se encaixar até no ambiente de trabalho. “É algo fácil de se encaixar no dia a dia da maioria das pessoas do mundo moderno”, aponta.
O guia britânico, no entanto, adverte que ainda é melhor manter os 150 minutos de exercícios moderados semanais -- o que vai de encontro com diretrizes internacionais.
As mudanças, entretanto, vêm da percepção de que muitos britânicos permaneciam totalmente sedentários tendo essa quantidade de tempo dedicada ao exercício como meta.
Segundo estudo do Serviço de Saúde Pública Britânico, mais de 6.3 milhões de ingleses não conseguiam atingir sequer a meta de dez minutos diários.
O estudo fez com que o governo lançasse um aplicativo para estimular os ingleses. Chamado de "Active 10", o app gratuito consegue medir quando o usuário está conseguindo manter o ritmo de 5 km/h por meio de sensores do celular.